Especialistas veem a proximidade como parceira à criação
Filho de peixe até pode ser peixinho, mas e o irmão do peixe, como fica? Vários estudos buscam entender como os irmãos se influenciam no decorrer da vida e podem ser tão importantes quanto os pais na formação dos valores. “O problema é que as influências podem ser boas ou más. E mesmo quando os irmãos se dão mal, o fato de viverem no mesmo ambiente faz com que se influenciem mutuamente”, comenta o psicólogo clínico Alessandro Vianna.
Como 'nossos' pais
O também psicólogo Paulo Tessarioli explica esse fenômeno a partir da fratria, o sentimento de fraternidade entre os irmãos. De acordo com ele, irmãos brigam mesmo, porque a rivalidade é constante. Afinal, dividem até os pais. Mas completa que há muitos aspectos positivos: "em muitas famílias quem serve de exemplo não são os pais, mas os irmãos mais velhos. Seja para fazer igual ou o oposto".
Segundo ambos os profissionais, ter o irmão mais velho como referência é plenamente saudável, mas exige alguns cuidados por parte dos pais. "Um irmão mais velho não tem a responsabilidade de educar o mais novo. Cabe aos pais ficar atentos a esse tipo de referência e nunca se acomodarem", explica Vianna, e completa: "Uma forma deturpada de modelo de irmão mais velho influenciará diretamente na formação de personalidade do mais novo. Existem riscos também de se pular etapas de desenvolvimento".
Quando intervir?
Para Paulo Tessarioli, dificilmente será necessária uma intervenção na relação entre dois irmãos. "Vai chegar uma fase em que o processo de diferenciação já vai acontecer. Geralmente coincide com a fase da entrada na adolescência ou no primeiro namoro", explica Tessarioli. Isso também vale para os irmãos gêmeos. Sendo assim, ele orienta que, a não ser que a relação entre os filhos esteja produzindo mais aspectos negativos que positivos, não há motivos para se opor. E ressalta: "o importante é que reflitam os valores da família".
A lenda do filho caçula
Já é quase um ditado popular que o filho mais velho é mais comportado do que os mais novos. Segundo Vianna, isso normalmente vem da experiência dos pais. "Quando nasce o primeiro filho, os pais ficam mais preocupados, controlam mais, limitam mais, ficam mais atentos aos valores, consequentemente esta primeira criança acaba sendo de certa maneira mais zelada. Quando vem o segundo filho, os pais tendem naturalmente a relaxar um pouco mais na educação, pela falsa sensação de segurança e de já ter 'conhecimento de causa'". Ou seja, se estiver esperando o segundo filho, não se desespere!
Fonte: http://daquidali.com.br/conversa-de-mae/ate-quando-a-influencia-dos-irmaos-e-benefica-psicologos-contam/
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