De varizes você já ouviu falar, né? Mas e de Ecoesclerose Venosa? E de esclerosante, microespuma, cirurgia endovascular?
Todas essas palavras complicadas fazem parte da nova técnica de retirada de varizes que vem crescendo no mercado. Com isso, o que antes levava a mulher à internação hospitalar e recuperação em longo prazo, já pode ser feito de maneira menos agressiva e com recuperação quase imediata.
Além disso, até os casos mais graves podem ser resolvidos. "O procedimento é simples, realizado no consultório e não é necessária internação ou anestesia. No dia seguinte à cirurgia, o paciente pode voltar às suas atividades normais", garante a Dra. Priscila Nahas, especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular e Mestre em Cirurgia Vascular pela Unifesp.
Essa nova técnica que vem crescendo no mercado é Ecoesclerose Venosa com Microespuma. É um método usado na Europa, mas no Brasil é inédito e está aqui apenas um ano. Foi trazida pelo especialista em Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular pela Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular, Dr. Henrique Elkis.
"A ecoesclerose é a injeção de uma substância esclerosante, que parece uma mousse, na forma de uma microespuma, que através de uma reação química "fecha" a veia doente. O procedimento é a realizado com ajuda de um aparelho de ultra-som", explica Dr. Henrique.
Segundo a Dra. Priscila Nahas, o tratamento é realizado ambulatorialmente, ou seja, não é necessário internação. "A paciente chega andando e volta para sua casa andando. Anestesias também não são utilizadas, o procedimento é praticamente indolor e dura em torno de 40 minutos", garante.
O pós-operatório também tem poucas restrições. "O paciente pode retomar suas atividades como dirigir, andar, trabalhar após poucas horas do procedimento, não estando indicado repouso ou afastamento laboral", afirma Dr. Henrique.
Para as pessoas que aderem à técnica, algumas indicações são feitas. "É muito importante o uso de uma meia elástica de compressão média por três dias após o procedimento e somente durante os dias por até dois meses. O banho de sol é evitado de dois a três meses após o procedimento".
Para a comerciante de Jaú (SP), Marisa Helena Correa de Oliveira Teixeira, de 40 anos, o resultado da técnica fez com que ela se sentisse outra pessoa. "O resultado foi maravilhoso e imediato. Desde criança tenho problemas com varizes, elas eram grossas e muito doloridas. Hoje, eu posso andar o tempo que for que elas não incham. Foi a melhor coisa que eu fiz, tanto para a saúde quanto para a estética", afirma Teixeira.
Tratamentos
Dependendo do tipo de varizes, existem formas de tratamentos adequados. "O importante é começar cedo, pois, quanto mais desenvolvidas estiverem as varizes, mais dolorosa e demorada pode ser a solução, afirma Dr. Professor Miguel".
Para as varizes pequenas, a Crioescleroterapia é um dos métodos mais utilizados, e consiste em destruir, pelo frio, a parede interna do vasinho. "Nesse método é utilizado os mesmos produtos (esclerosantes) da escleroterapia normal, mas um equipamento diminui a temperatura do produto injetado para 40 graus abaixo de zero", explica o médico.
Para as varizes de maior calibre, o método mais indicado é a cirurgia a laser, que tem o menos tempo de repouso como principal vantagem. "A grande vantagem é o pós-operatório que é muito mais simples com menos hematomas e retorno às atividades normais mais cedo" afirma.
Segundo o Dr. Miguel, o método ao invés de retirar as veias de grande calibre como a safena, elas são desligadas do corpo e tratadas por uma microfibra ótica, que transmite o laser. "A veia permanece no local, mas inativada, e separada da circulação. Como todos os tratamentos, tem indicações precisas e não pode ser utilizado em todos os casos", conclui Francischelli.
Tipos de varizes
As varizes são classificadas de duas formas, segundo o Prof. Dr. Miguel Francischelli Neto. "As varizes chamadas primárias, que aparecem influenciadas pela tendência hereditária e as chamadas secundárias que aparecem por doenças adquiridas no decorrer da vida e são de tratamento mais difícil" explica o médico.
Além de primárias e secundárias, as varizes também podem ser classificadas como leves e graves. As "leves" são as que, embora sejam uma doença, não causam um problema de saúde imediato causando mais preocupações estéticas, e as "graves", são as que causam sérios problemas, como sangramentos, úlceras ( feridas), eczema, infecções, vermelhidão, manchas, espessamento da pele, dor, flebite e mesmo a embolia de pulmão" afirma Francischelli.
Para diferenciar os tipos de varizes, foram feitas pesquisas científicas, em que foi desenvolvida uma nova classificação. Uma delas é conhecida como Classificação Estético Funcional, ou "Classificação de Francischelli", que divide os pacientes portadores de varizes em quatro tipos ou grupos.
Cada um dos grupos tem características comuns que permitem escolher o tratamento mais adequado. "As varizes tipo 1, são consideradas mais um problema estético, já a tipo 2, as varizes são consideradas tanto um problema de saúde quanto um problema de aparência. As varizes, conhecidas como tipo 3, são consideradas um problema de saúde sem que o paciente tenha preocupação estética e que ainda não apresentam complicações. Já as varizes conhecidas como tipo 4, são consideradas um problema de saúde e que já apresentam complicações" explica Dr. Miguel.
Saiba como prevenir as varizes
Acredita-se que as varizes aparecem devido à influência dos hormônios sexuais femininos, sedentarismo, entre outros, mas os fatores genéticos também são muito importantes, assim como os hábitos e a saúde da paciente.
Embora os fatores genéticos não possam ser ignorados, hábitos saudáveis previnem e ajudam a cura de varizes:
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