A cirurgia normalmente é realizada com anestesia local e sedação, mas, em alguns casos, usa-se anestesia geral ou peridural. A duração é de uma hora a duas, aproximadamente. Um detalhe é que, no mesmo dia, a paciente já pode ser liberada desde que seguindo as recomendações pós-cirurgia.
Como é o pós-operatório?
A mulher chega a sentir dor nas primeiras 48 horas. Um dreno é colocado com o objetivo de evitar o acúmulo de secreções e retirado no mesmo período. Dentro de quatro ou cinco dias, a mulher já consegue voltar para o trabalho, desde que não faça esforço ou exercício físico (podem ser retomados após 2 meses). O inchado das mamas será natural e levará cerca de dois meses para desaparecer. O resultado definitivo do seio só aparece em torno de 6 meses após a cirurgia.
São inevitáveis, mas são pequenas e ficam escondidas. Segundo o cirurgião Alexandre Barbosa, o corte para colocar a prótese pode ser feito sob a mama (no sulco entre o seio e o tórax), ao redor da aréola ou axila. 'Para uma prótese de 260 ml, por exemplo, a cicatriz costuma medir cerca de 4 cm', explica o médico.
Qual o momento ideal para colocar uma prótese nos seios?
Os especialistas recomendam a idade mínima de 17 ou 18 anos, uma vez que a mama já está bem desenvolvida. Além disso, as mulheres que pretendem engravidar não deve fazer a cirurgia porque o formato da mama pode mudar depois.
Impede de amamentar?
Não impede, uma vez que a prótese é colocada sob o músculo ou entre o musculo e a glândula mamária. Por isso, não interfere no crescimento do seio durante a gravidez e na amamentação. Mas, após amamentar, em algumas mulheres mudam de tamanho.
Quais sinais indicam problemas?
A mulher deve procurar um médico quando perceber uma perda nos resultados estéticos como a assimetria das mamas. 'Isto é, uma fica mais dura ou mais alta ou quando há sinais de nódulos, caroços e dores', reforça o cirurgião. Mas o silicone causa alguma doença ou câncer?
Um estudo, realizado em 2000 pelo Instituto Nacional do Câncer nos Estados Unidos, acompanhou mais de 13 mil mulheres e concluiu que a prótese não tem nenhuma relação nem aumenta o risco de tumores nem atrasa o diagnóstico. Outra questão: qual o perigo de vazar o silicone? 'Ele pode provocar uma inflamação crônica nos tecidos vizinhos que pode levar até à perda dos tecidos', diz o cirurgião
O silicone impede o diagnóstico de câncer?
'Não, mas se a paciente tiver casos de câncer de mama na família, o médico pode preferir colocar a prótese sob o músculo para facilitar a visualização de um possível tumor', observa o cirurgião plástico.
Qual a validade da prótese?
Os médicos, explica o cirurgião plástico, não estipulam um prazo específico para realizar essa troca. As mais antigas precisam de acompanhamento médico após dez anos. As mais modernas duram mais, de 15 a 20 anos. Mas como deve ser este acompanhamento? 'A mulher pode acompanhar a situação da prótese por meio de exames de rotina como ultrassom e mamografia. Quando há dúvidas, o melhor é a ressonância magnética', explica o médico.
Há risco de rejeição da prótese?
Segundo Alexandre Barbosa, a rejeição envolve a formação de anticorpos, algo que não ocorre com um material inerte como o silicone, portanto, não há rejeição.
O que é retração ou contratura da cápsula?
Quando o silicone é colocado, o organismo desenvolve uma espécie de cápsula de cicatriz com o objetivo de isolar o que é considerado um corpo estranho. 'Trata-se de uma reação normal, mas, em alguns casos, essa cápsula fica excessivamente dura, o que ocasiona dor e pode alterar o formato da mama', alerta o especialista. Não, não se trata de rejeição e não se sabe exatamente o porquê algumas mulheres têm este tipo de reação. Caso isso ocorra, é necessário realizar uma nova cirurgia para corrigir o problema e trocar a prótese.
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