quinta-feira, 16 de julho de 2015

Cólica no bebê? Excesso de Choro? Como Controlar?

Cólica é um termo geralmente usado para descrever choro incontrolável em bebês saudáveis. Se o seu filho tem menos que 5 meses, chora mais que três horas seguidas mais que três vezes por semana, e isso já dura ao menos três semanas, há boas chances de ser cólica. 


A cólica costuma aparecer por volta de duas a três semanas após o nascimento (no caso de crianças prematuras, de duas a três semanas após a data prevista para o parto). 

É normal que bebês chorem quando estão com fome, molhados, assustados ou cansados, mas crianças com cólica choram sem parar e nada consegue lhes dar conforto ou consolo. 

Quais são os principais sintomas da cólica?

Num bebê com cólica, você pode notar o seguinte: 

- Ele tem crises de choro intenso, e é difícil acalmá-lo

- Ele encolhe as perninhas e arqueia as costas para trás, estica-se e se espreme enquanto chora

- Ele solta puns quando chora

A cólica normalmente ataca no final da tarde e à noite. Em casos mais difíceis, o bebê chora a qualquer hora do dia. Pode ficar difícil dar de mamar para o bebê quando ele está tão desconfortável.

Quando é que a cólica vai embora?

A cólica pode mesmo ser desesperadora para a família, principalmente porque todos estão se adaptando à nova vida com o bebê. O alento é que ela não é grave, não é uma doença e costuma melhorar bastante entre os 3 ou 4 meses. O pico geralmente ocorre por volta de 6 semanas.


Por que o bebê fica com cólica?

Ainda não se sabe exatamente o que provoca a cólica. Cerca de 20% dos bebês apresentam cólica, e ela aparece tanto em meninos quanto em meninas, crianças amamentadas no peito ou na mamadeira, e tanto em primeiros filhos como em segundos, terceiros etc. 

A realidade é que ainda não se sabe ao certo por que algumas crianças são mais suscetíveis às cólicas que outras.

Uma das hipóteses mais fortes é a de que o sistema digestivo do bebê ainda é imaturo, o que faz a barriga doer em reação a algumas substâncias do leite materno ou do leite artificial. As contrações intestinais do bebê estariam "desorganizadas".

Outras possíveis explicações são: 

- O sistema nervoso do bebê ainda não amadureceu e fica sensível demais

- O bebê sente dor porque tem dificuldade de expelir gases

Outra indicação é que o fumo durante a gravidez ou o convívio com alguém que fuma podem predispor a criança a ter cólica.


Há algum risco para o bebê?

Não, o bebê não corre nenhum risco. Mas é preciso sempre consultar o médico para ter certeza de que se trata de cólica mesmo e não de algum outro problema que esteja causando dor ou desconforto, como uma hérnia ou uma infecção.

O ruim é que, conforme o bebê chora, ele pode engolir mais ar, o que só provoca mais gases e cólica. 

E é muito difícil conviver com um bebê que chora tanto. Ainda mais quando a mãe está sensível por causa de tantas mudanças hormonais, que já são motivo suficiente para ela chorar por horas e horas também.

Quanto mais tenso ficar quem está cuidando do bebê, mais difícil será acalmá-lo.

O que posso fazer para tentar consolar o bebê com cólica?

- As estratégias para tranquilizar o bebê dependem da possível causa da cólica. Veja as possibilidades:

- Reação ao leite materno ou fórmula


Pode ser que o sistema digestivo do bebê ainda seja imaturo, e que algumas substâncias provoquem dor e desconforto. O que fazer: 

Se você está amamentando, pode experimentar fazer algumas mudanças na sua alimentação para ver se o bebê chora menos. Uma regra simples é a seguinte: procure eliminar os alimentos que causam gases em você. Entre os alimentos que se imagina que possam causar cólica estão: leite, chocolate, brócolis, couve-flor, repolho, feijão, cebola e comidas apimentadas. Mas lembre-se de que uma mãe que amamenta precisa se alimentar bem, e que o leite materno é o melhor para o bebê (bebês que tomam fórmula também têm cólica!).

Se seu bebê toma fórmula, pode ser que ele tenha alguma alergia ou intolerância a um componente do leite artificial. O pediatra pode prescrever uma fórmula especial.


Sistema nervoso imaturo ou sensível demais

Pode ser que o bebê ainda não esteja pronto para tantos estímulos que o mundo joga sobre ele. Se o choro do bebê não parecer estar relacionado com dor de barriga, experimente as seguintes táticas: 

Segure o bebê no colo bem apertadinho, use um sling ou experimente enrolá-lo numa manta.

Experimente mantê-lo num ambiente sem muitos estímulos, com pouca luz e pouco barulho. Se você achar que segurá-lo no colo não está adiantando, tente colocá-lo por alguns minutos no berço.

Como você já deve ter descoberto, o bebê chora menos quando está em movimento. Carregue-o com você num canguru ou sling, deite na rede com ele, passeie bastante ou balance o carrinho. No caso do choro desesperador da cólica, não adianta ficar se preocupando em acostumar mal o bebê.

Barulhos constantes ou rítmicos, como o do ventilador, acalmam alguns bebês.
Chupar o dedo ou a chupeta podem acalmar o bebê. Você também pode fazer uma massagem leve.

Dor causada por gases

Você vai notar que o bebê se "espreme" e se contorce, e parece ter alívio quando solta um pum ou quando consegue fazer cocô. Ele também pode começar a chorar no meio de uma mamada.

Algumas sugestões: 

- Ponha o bebê para arrotar depois de cada mamada. Veja mais detalhes sobre como colocar o bebê para arrotar.

- Procure manter o bebê com a cabeça levantada na hora de dar de mamar. Se você amamenta o bebê, confira se ele está pegando o peito direitinho e experimente variar as posições de amamentar.

- Se você dá mamadeira para o bebê, tenha certeza de que ele não está engolindo ar. Veja se o furo do bico não está muito grande, e mantenha a mamadeira sempre bem levantada, com o bico totalmente preenchido de leite. Procure os bicos anatômicos e elaborados exatamente para diminuir a entrada de ar enquanto a criança mama.

- O pediatra pode receitar uma medicação (gotas de dimeticona ou simeticona) para ajudar o bebê a aliviar o acúmulo de gás na barriguinha. Atenção para o uso de funchicória, um pó feito a partir do funcho ou erva-doce: este fitoterápico que muitos pais colocavam na chupeta para acalmar a criança foi proibido pelo governo, pois sua segurança e eficácia não foram comprovadas. 

- Fale sempre com o médico antes de usar qualquer truque que envolva dar alguma substância para a criança, mesmo que seja só molhar a chupeta.

- Tente colocar uma bolsa de água quente na barriga do bebê (sempre envolta numa toalha e com muito cuidado para não queimar o bebê, que tem a pele extra-sensível).

- Procure fazer movimentos de bicicleta com as pernas dele ou massagear a barriga com delicadeza para estimular a evacuação, o que também pode ajudar.


Não aguento mais tanto choro! O que fazer?

As primeiras semanas com o bebê em casa podem ser muito estressantes, tanto para a mãe, que tende a ter uma vontade de chorar permanente, quanto para o pai, que também pode ficar abalado.

Quando você achar que não aguenta mais, peça ajuda. Reveze-se nos cuidados com o bebê e, se precisar, dê uma saída de casa para arejar a cabeça e parar de ouvir o choro, enquanto outra pessoa fica com o bebê. 

Procure se lembrar de que o choro do bebê não é culpa sua, e que a cólica vai passar com o tempo.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Métodos para ensinar o bebê dormir sozinho - Plunket

Se não morri por falta de sono até hoje é por causa da Plunket. É uma organização neozelandeza fundada há mais de cem anos com o objetivo de informar e apoiar as mães acompanhando o desenvolvimento dos bebês e garantindo a saúde de toda a família. 


Possuem enfermeiras altamente treinadas e propõem uma metodologia bastante flexível. Na realidade oferecem consultoria individualizada analisando caso a caso. Vou tentar resumir em poucas linhas para compartilhar um pouco do que aprendi com elas conforme a idade do bebê.

A partir do segundo mês elas recomendam seguir os sinais de cansaço do bebê e seguir uma rotina mama, atividade, dorme. Como a da encantadora de bebês. Sugerem colocá-lo para brincar no chão em cima de um tapete ou cobertor pois dessa maneira é mais fácil observar os sinais de sono e em seguida colocá-lo para adormecer no berço. Nesta idade é melhor evitar mostrar mais de dois brinquedinhos para que o bebê não tenha sobrecarga e é indicado colocá-lo de bruços um pouquinho todos os dias para fortalecer o pescoço e as costas.

Falam também da importância de se colocar o bebê para dormir imediatamente após observar os sinais de sono/cansaço e sempre da mesma maneira pois ele já começa a aprender que está indo dormir. Pode-se por exemplo pegá-lo no colo, dar carinho, cantar e colocar no berço. Muitos surpreenderão suas mães dormindo sem chorar, as vezes com apenas uma reclamação, as vezes, sem nenhuma.

(...)Tive muita dificuldade em fazer nossa bebê dormir após o primeiro mês e seguindo essas orientações a Sandra começou a dormir a noite toda no final do segundo mês. Quando ela tinha 5 meses comecei o blog para compartilhar meus aprendizados com outras mães desesperadas como eu tinha sido.


No sexto mês quando fui para o Brasil visitar a família meus problemas começaram e o resto já contei aqui no blog.(...)

Se a mãe não vir quando o bebê mostra os primeiros sinais de cansaço, ele ficará superestimulado e portanto será muito mais difícil de relaxar para dormir e cai chorar. Neste caso a recomendação da Plunket é embrulhar, ou colocar o bebê no berço com o lençol preso embaixo do colchão limitando os movimentos espásmicos que são involuntários e acabam por deixá-lo ainda mais agitado.

Uma dica legal para bebês novinhos é colcoar um rádio fora da estação, de preferência nuna AM, no quarto. O barulho de chiado com vozes no fundo por alguma razão acalmam o bebê. Dizem que é parecido com o quê eles ouvem no útero.

Depois de colocá-lo no berço pode-se ficar parado ao lado até que ele durma. Ou se preferir deixe o quarto e espere 15 min. Se ele chorar volte, tente acalmá-lo no berço, se não for possível pegue-o, acalme-o e ponha de volta para dormir no berço.


Após o quarto mês, em geral, é melhor sair do quarto pois o bebê está muito mais esperto e pode ficar excitado com a presença da mãe. No entanto não é necessário se prender a um tempo definido para esperar fora do quarto enquanto o bebê chora. Pode=se ficar atento ao choro, se o bebê fica muito nervoso, é melhor voltar logo para acalmá-lo para então deixá-lo para adormecer sozinho novamente. Mas se só está reclamando, apenas fazendo alguns ruídos é melhor esperar, ele provavelmente já vai adormecer.

Após o sétimo mês ou quando o bebê começa a se sentar e/ou se levantar no berço é melhor não voltar no quarto muito antes de 10min. Elas recomendam esperar o máximo possível (que a mãe aguenta), não passando de meia hora, mesmo que o bebê se levante ou sente assim que você sair do quarto.

A Sandra está agora com 9 meses e meio portanto só sei até aqui. rs Atualizarei no futuro.

Mas o que posso dizer é que se você pensa em fazer algum tipo de treinamento para dormir com o seu bebê, é melhor começar logo a não ser que ele esteja doente, como foi meu caso. Pois depois que começam a se levantar no berço tudo fica bem mais complicado.

terça-feira, 14 de julho de 2015

Caspa no Bebê? Saiba um pouco mais sobre a Dermatite Seborreica

Dermatite seborreica no bebê: o que é e como tratar

Seu bebê vem apresentando descamação no couro cabeludo ou face? Isso é muito mais comum do que você pensa. Saiba como lidar com essa situação!


Seu bebê vem apresentando descamação no couro cabeludo e/ou face? Sabia que isso é muito mais comum do que você pensa? Saiba como lidar com essa situação!

Descamação da pele na forma de escamas grossas, amareladas e gordurosas sobre uma base eritematosa (avermelhada), mais frequentemente encontrada no couro cabeludo, mas, que também pode ser muito comum na área da sobrancelha, pálpebra e orelha – é o quadro clínico da CROSTA LÁCTEA, uma forma de dermatite seborreica, que preocupa muitas mães.

A dermatite seborreica é a afecção crônica, frequente, recorrente e não contagiosa, que ocorre nas áreas ricas em glândulas sebáceas e eventualmente, em algumas áreas de dobra (intertriginosas); podem ocorrer duas formas clínicas, a do adulto e a do lactente (chamada “crosta láctea”), em que as lesões surgem nos primeiros meses de vida, ou precocemente no neonato. Pode haver prurido discreto e o decurso é crônico, melhorando gradualmente.


Sua causa ainda é desconhecida, porém, a alteração na constituição sebácea e um componente imunológico estão envolvidos. O quadro, no lactente, é causado pelo hormônio androgênio, que a mãe passa para o filho durante a gestação e amamentação, e que estimula a glândulas sebáceas. Esse estímulo cessa após alguns meses e desaparece a dermatite seborreica, que pode reaparecer na puberdade (sua maior incidência é entre 18 e 40 anos).

O calor, a umidade e o uso de roupas como lã, sintético e flanela, que tendem a reter o sebum e o suor, favorecem seu aparecimento.

Geralmente as mães ficam preocupadas, mas o jeito é não se desesperar! A presença de crosta láctea não é devido à falta de higiene e apesar de haver medidas preventivas que minimizam os sintomas, não se consegue evitar seu aparecimento.



Alguns cuidados são bastante válidos:

1o. Mantenha a cabeça do bebê sempre seca, pois a umidade favorece o agravamento das lesões.

2o. Penteie todos os dias, a fim de retirar as células mortas.

3o. Ao lavar o bebê, massageie, suavemente, o couro cabeludo, enquanto, aplica xampu, para destacar as crostas, e deixe-o na cabeça enquanto lava o restante do corpo, para que as escamas amoleçam e se soltem com menos esforço.

4o. NUNCA remova as crostas com as unhas, porque isso predispõe a infecções.

5o. As escamas também podem ser removidas com óleo mineral, ligeiramente aquecido, para amolecer as placas, e depois limpando o local com água boricada.

6o. Dependendo da intensidade e localização das lesões pode-se fazer uso de creme de corticoide de baixa ou média potência, eventualmente.

7o. Evite o excesso de roupa e de aquecimento – somente usar roupas de algodão ou linho.

8o. Trocar as fraldas frequentemente e suspender seu uso em casos graves.

9o. No caso das medidas gerais não funcionarem, lembre-se de que o médico é o único profissional qualificado para fazer a avaliação de seu bebê, garantindo seu bem estar.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Cárie de Mamadeira

A cárie de mamadeira é uma doença que acomete os bebês e está relacionada principalmente à ingestão de líquidos açucarados durante a noite. Ou seja, aquela história de que não devemos dormir sem escovar os dentes também vale para os pequeninos.



Depois da mamada, o leite fica estagnado na boca da criança. Além disso, a salivação da criança diminui durante o sono. Esses fatores, associados a uma má higiene da boca, fazem com que a cárie se desenvolva muito rapidamente, causando grandes estragos nos dentes das crianças.


Para evitar isso, é importante que a mãe não adicione açúcar ao leite da mamadeira e evite que a criança durma logo depois de mamar. 


Deve-se ainda escovar o dente da criança depois de cada mamadeira, e antes de dormir a escovação deve ser reforçada com um pouco de pasta de dente, já que o período da noite é o mais crítico para o surgimento de cáries. Com o tempo, a mamadeira deve ser substituída gradativamente por líquidos no copo.

Procure regularmente um Dentista, e cuida da saúde do seu filho já desde o começo. A Clinica Mais Sorriso pode orientar e cuidar desse sorriso desde o princípio dele.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

12 dicas práticas para lidar com a birra

O que fazer quando seu filho abre aquele berreiro no supermercado – e como evitar que isso aconteça

O escândalo que algumas crianças fazem diante de uma frustração pode acabar com o dia de qualquer um. Perdidos e nervosos com o barulho e a atenção que a criança atrai, muitas vezes em público, os pais não sabem o que fazer. A solução não envolve gritos, puxões de orelha ou palmadas, mas sim firmeza e autoridade, desenvolvidas a médio prazo.
Segundo a psicóloga Dora Lorch, autora do livro “Superdicas para Educar bem seu Filho” (Editora Saraiva), enquanto as crianças não sabem lidar com o “não”, só os pais podem tomar uma atitude capaz de melhorar a situação. Foi o caso da especialista em mídias sociais Samantha Shiraishi, mãe de dois meninos e autora do blog “A Vida Como a Vida Quer”.
Arquivo pessoal
Samantha e os filhos: autocontrole foi determinante na educação de Giorgio
Quando era pequeno, Giorgio, hoje com nove anos, queria comer um pacote inteiro de balas de uma só vez. Ao proibi-lo, o menino deu um escândalo no meio do metrô. Na hora, sem perder o controle, Samantha determinou que ele não poderia mais comer aquela bala enquanto não aprendesse a se comportar em público. “Até hoje, quando alguém oferece a bala, ele lembra que é a ‘bala proibida’”, diz a mãe.

Faça o teste: que tipo de mãe você é?
Segundo especialistas e mães, táticas como esta podem ser muito efetivas para lidar com as birras infantis. Leia outras dicas práticas para ajudar seu filho a aprender a se comportar.
1. Não perca o controle: seja firme, mas também acolhedor
Assim que a criança começa a fazer uma cena dramática no shopping ou no parque, é melhor segurar as rédeas da situação do que entrar na mesma dança. Pode ser que você esteja ficando muito irritado, mas segundo o psicólogo e terapeuta familiar João David Cavallazzi Mendonça, pais que perdem o controle podem assustar ainda mais a criança e tornar a birra ainda pior.
Mas os pais tampouco devem amolecer. Segundo a psicopedagoga Quézia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp), os adultos devem manter firmeza no tom de voz e falar com a criança na altura delas, explicando que atitudes como esta não irão mudar nada. Ao perceber que a criança está prestando atenção, João David ainda indica demonstrar acolhimento: segurá-la no colo e explicar o porquê da negativa poderá ajudar bastante.
2. Não ceda aos apelos da criança e mantenha a palavra
Por culpa ou falta de paciência, às vezes os pais acabam cedendo aos pedidos dos filhos e deixam a birra passar como se não fosse nada demais. Esse é um erro fatal: segundo Dora Lorch, a criança pode ficar cada vez mais autoritária, pois percebe uma maneira de sempre conseguir o que quer. Segundo a psicóloga e psicoterapeuta familiar Ana Gabriela Andriani, as crianças precisam entender que nem sempre terão o que desejam e quando desejam, e que sua insistência não é uma cartada aceita nesta hora.
3. Dê exemplos: sair batendo porta dentro de casa não é um deles
Que os pais devem ser bons modelos para seus filhos e esta premissa vale também para momentos de raiva em que o adulto resolve fazer a própria “birra” – batendo uma porta em casa após um momento de estresse, por exemplo. “Às vezes a criança está apenas repetindo o comportamento da mãe”, diz Dora Lorch.
Getty Images
Quanto mais atenção os pais derem à birra do filho, pior será o comportamento dele
4. Não dê atenção à birra
Aos dois anos, Rafaela, filha da socióloga Ariane Torezan, foi com a mãe ao supermercado. Quando Ariane proibiu a filha de levar para casa uma guloseima, Rafaela se deitou no chão, começou a chorar e a gritar. “Não tive dúvidas: virei as costas e continuei andando. Ela não teve outra alternativa se não parar de chorar e vir atrás”, relembra Ariane.
Para o psiquiatra e educador Içami Tiba, autor de “Disciplina: Limite na Medida Certa” (Integrare Editora), as crianças precisam passar pelo estresse de perder a segurança na hora da birra. “Se ela se sente insegura, muda. A criança fica preocupada se os pais a deixam”. Rafaela, hoje com nove anos, nunca mais teve qualquer comportamento parecido.
5. Dê castigos proporcionais (e não se sinta culpado depois)
As crianças devem entender que seus atos têm consequências. Para não se arrepender no meio de um castigo, os pais devem calcular adequadamente o tempo de punição. “Para uma criança de dois anos, um castigo de dez minutos já é o bastante”, recomenda Quézia Bombonatto. Na orientação da Supernanny Cris Poli, um minuto por ano de idade é uma boa medida. Mas tudo depende da gravidade da birra e de como aquela família funciona.
6. Não meça forças com a criança e seja flexível de vez em quando
Os pais devem ser firmes e mostrar quem coloca as regras no dia a dia. Mas isso não significa incorrer no autoritarismo. “O ‘não pode’ deve ser usado para o que realmente é importante”, diz Quézia Bombonatto. 

Se a criança começa a desarrumar a sala logo após uma arrumação, os pais não precisam proibi-la, mas podem deixar claro que ela terá que arrumar tudo depois. Algumas coisas podem e devem ser negociadas com a criança. Afinal, será que 10 minutinhos a mais no parquinho é um grande transtorno? “Essa flexibilidade também pode ser benéfica”, concorda João David.
7. Explique o que ela está sentindo e veja o que está acontecendoDar nome ao que a criança está passando pode ajudá-la a se controlar. “Ela ainda está em processo de aprendizado e precisa aprender a identificar o que está sentindo”, explica João David. Assegurá-la de que ela está sendo, de alguma forma, compreendida, é importante.
Por isso, o adulto deve sentar com ela e explicar que sabe como ela se sente, mas agora não é possível ter o que ela quer, pela razão que for. Descobrir as razões infantis também é necessário. Às vezes, a criança pode muda de comportamento por uma razão não aparente, como o nascimento de um irmão mais novo ou a volta da mãe ao trabalho. “Ao ser questionada, a criança vai explicar com menos ou mais recursos, dependendo da idade, e tudo vai ficando mais fácil”, diz Dora Lorch.
8. Distraia a criança
Segundo Quézia Bombonatto, em certas situações chamar a atenção da criança para outra coisa pode ser a melhor saída para a birra. Especialmente quando o comportamento desanda em locais públicos. Fazê-la rir ou distraí-la com outro atrativo costuma ser efetivo e a criança pode esquecer a razão do escândalo que estava fazendo minutos atrás.
9. Compare a atitude dela com a das pessoas ao redor
Ana Gabriela Andriani também sugere comparar a criança com as outras pessoas no local e mostrar que ninguém mais está chorando, só ela. “A criança só consegue enxergar a si mesma. Ajudá-la a se comparar aos outros é uma maneira de fazê-la se sintonizar com o mundo”, diz.
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Filhos podem imitar as atitudes dos pais: evite a "birra de adulto"
10. Não insista em conversar na hora da raiva
Assim como muitos adultos, a criança não irá ouvir o que os pais estão dizendo no calor de um ataque de birra. “Nesta hora ela está focada na frustração, não está ouvindo”, diz Ceres de Araújo. Por isso, o melhor pode ser ignorar a atitude dela e conversar mais tarde, quando ela estiver mais calma, sobre o ocorrido. Neste período, os pais podem aproveitar para pensar na atitude que irão tomar.
11. Valorize e qualifique a criança sempre que possível
Reforçar positivamente o bom comportamento infantil depois de um ataque de birra ajuda a prevenir novos episódios. Se um dia a criança fez uma birra homérica no parque, ao voltar ao mesmo lugar o pai pode lembrar que confia nela para a história vivida no passado não voltar a acontecer. “Esta é uma maneira de qualificar o filho, mostrar que você acredita que ele pode ser diferente”, diz João David.
12. Tome medidas preventivas
Sentir fome e sono sem poder suprir as necessidades são sensações capazes de deixar qualquer um irritado. Para as crianças, estas sensações podem facilmente se transformar em birra. Por isso, manter uma rotina de sono e alimentação ajuda a evitar a irritação. “Os pais devem identificar o que pode ser evitado. Se sabem que a criança costuma dormir às nove horas da noite, não é ideal sair para jantar neste horário”, exemplifica João David.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Pele seca do bebê: como cuidar

Por que a pele do bebê fica seca?


Bebês e crianças podem ter pele seca pelos mesmos motivos que provocam o ressecamento em adultos: tendência genética e influência do ambiente. A pele do bebê, por sinal, é ainda mais delicada, por isso corre mais risco de ressecar.

O frio, o clima seco e a exposição ao sol, ao ar condicionado e ao cloro de piscinas estão entre os fatores que tendem a piorar o ressecamento da pele.

Além disso, a pele do recém-nascido ainda está se adaptando ao ambiente fora da barriga, por isso pode descascar por alguns dias, geralmente a partir da primeira semana de vida, o que é normal. Também é normal surgir uma descamação no couro cabeludo, no rosto ou no bumbum.

Se você está achando que a pele do seu bebê está muito seca, tome as seguintes providências:

Cuidados na hora do banho

Evite dar mais que um banho por dia, e, se der, use (pouco) sabonete neutro só em um deles.
Dê banho com água morna, e não quente.
Reduza a duração do banho para no máximo 10 minutos.
Deixe o bebê brincar primeiro e só o ensaboe no final do banho. Assim a criança não fica brincando na água cheia de sabão.
Use produto neutro, específico para bebês. Produtos sem perfume nem corantes são menos agressivos para a pele.
Se usar sabonete em barra, não deixe na água enquanto dá banho no bebê.
Você pode ficar tentada a usar óleo na água do banho, mas essa prática não é aconselhável, já que o bebê fica muito escorregadio, e a maioria do óleo nem penetra na pele.



Passe creme hidratante logo depois do banho

Assim que você tirar o bebê do banho, enxugue-o levemente com uma toalha e já passe o hidratante. O motivo é que o creme ajuda a pele a conservar a umidade do banho. Essa recomendação vale para bebês que tenham tendência a pele seca. Em caso de dúvida, fale sempre com o pediatra.

Em princípio, quanto mais espesso o hidratante mais eficaz ele é. Se a pele do seu bebê continuar ressecada, mesmo com você passando hidratante todos os dias, experimente usar um ainda mais espesso.

Outra opção é passar o hidratante duas vezes por dia, uma após o banho e outra durante o dia. Aproveite para fazer uma massagem gostosa no seu filho.


Enxágue a pele do bebê ao sair da praia ou da piscina

A água salgada e os produtos usados na água da piscina ressecam muito a pele. Por isso é importante enxaguar a criança com água limpa ao sair do mar ou da piscina, e se possível passar um hidratante com a pele ainda úmida. 

Mantenha o ar da sua casa úmido

Se na região onde você mora o ar está seco, ou se o ambiente da sua casa está ressecado devido a aquecedores (aquecedores a óleo ressecam menos que os incandescentes) ou ao ar condicionado, você pode umidificá-lo de várias maneiras:

Use um umidificador a frio durante a noite (mas siga as instruções de limpeza do fabricante à risca).

Pendure uma toalha molhada no quarto do bebê.

Depois de dar banho no bebê, não esvazie a banheira imediatamente. Espere até a água esfriar, assim ela umidifica um pouco o ar.

Mantenha plantas dentro de casa (mas não no quarto do bebê), com o cuidado de não deixar água empoçada para não atrair o mosquito da dengue.

Uma ideia é ter em casa (mas não no quarto do bebê) um aquário ou uma daquelas fontes decorativas, pois a água vai evaporando e ajuda a umidificar sua casa.

Por motivo de segurança, não coloque uma bacia de água no quarto do bebê. Ela pode causar acidentes.

Cuidado também para não exagerar na umidade, já que excesso de umidade também pode ser prejudicial à saúde do bebê, facilitando a instalação e crescimento de mofos. 

Dê bastante líquido para o bebê

É importante que o bebê esteja sempre bem hidratado. Ofereça muito líquido em todas as épocas do ano, mesmo nos dias mais frios.

Se seu filho tem menos de 6 meses e só mama, simplesmente aumente o número de mamadas. Não ofereça água nem chá, a menos que o pediatra oriente o contrário. Leia nosso texto sobre quando pode dar água para o bebê.

Muitas vezes, no entanto, apenas a boa hidratação oral não basta. Se seu filho tem tendência para pele seca e está sujeito a um ambiente desfavorável, talvez seja preciso também usar o hidratante.

Proteja o bebê das agressões climáticas

Evite deixar o bebê exposto ao vento forte e principalmente tome cuidado com o sol.

Se a temperatura cair, o vento frio pode ressecar a pele e os lábios do bebê. Se estiver muito frio, vale usar luvas para que as mãozinhas dele não comecem a rachar.

Cuidado com produtos químicos

Não use talco nem perfume direto na pele do bebê, e só lave as roupinhas com sabão de coco ou com produtos sem perfume. Você pode também enxaguar as roupas duas vezes, para ter certeza de que não sobrou nem um pouquinho de sabão.

Observe os tecidos das roupinhas. Lã direto na pele pode causar irritação, assim como roupas sintéticas, muito justas, ásperas ou com bordados e costuras salientes do lado avesso. Os tecidos que, em geral, não causam problema quando em contato direto com a pele são os de algodão. 

A pele seca pode ser sinal de outra coisa?

Se o bebê tiver também manchas vermelhas e que coçam, é possível que ele tenha dermatite atópica, também conhecida como eczema. Mas a boa hidratação também é um dos tratamentos para a dermatite atópica. Mantenha a hidratação e, se o bebê ainda estiver com a pele muito irritada, consulte o médico.

Existe uma doença rara, genética, chamada ictiose, cujos sintomas são pele excessivamente seca, descamação e espessamento da pele da palma da mão e da sola do pé. 

Não deixe de mencionar a pele seca nas consultas de rotina do bebê, e procure atendimento médico imediato se vir sinais de infecção, como presença de pus, inchaço, vermelhidão e quentura da pele em torno de alguma rachadura na pele.

Escrito para o BabyCenter Brasil
Aprovado pelo Conselho Médico do BabyCenter Brasil

terça-feira, 30 de junho de 2015

Como cuidar dos primeiros dentes e garantir a saúde bucal do seu bebê

A gente também baba quando os primeiros dentes do bebê começam a nascer. Veja como cuidar deles.


Um dentinho só. Um mínimo dentinho, naquela mínima boquinha do bebê já é sinal para a primeira visita ao odontopediatra? Sim! Embora o tamanho da criança seja pequeno, a saúde dela não tem nada de diminutivo: assim que o primeiro dente despontar na boca do bebê, já é hora de marcar uma consulta, ato que deve se repetir a cada seis meses – como para nós, adultos. Isso porque, quando o assunto é boca, o melhor tratamento é a prevenção. E desde o dente de leite que, quando tem uma cárie não tratada, por exemplo, pode fazer o permanente crescer com deformação ou manchas. A seguir, respondemos todas as suas dúvidas sobre a primeira dentição do seu filho, desde o nascimento até o aparelho ortodôntico.

Quando nasce o primeiro dente?
Geralmente aos 6 meses, mas há casos de crianças que têm dentes antes ou depois disso, sem prejuízo algum. O limite é 1 ano e meio. Se isso não ocorrer, é preciso investigar. Ao todo, serão 20 dentes (dez em cima e dez embaixo) que, dependendo do desenvolvimento hormonal, surgem até por volta dos 3 anos. Eles começam a cair, no entanto, com 6 anos – se nasceram antes, aumenta a chance de caírem antes também. E o melhor é que o dente caia sozinho ou que a própria criança remova, na sua companhia, claro.
E se a criança já nascer com um dente?
Esse “fenômeno” é chamado de dente natal e acontece em um a cada 2 mil nascimentos. Também há o dente neonatal, que pode surgir no primeiro mês. Somente com uma radiografia é possível saber se ele faz parte dos 20 ou se é um extra. Se for extra, é indicada a remoção no consultório, sem dor. Se não, poderá ser mantido, desde que tenha características normais.
Baba, coceira, febre e diarreia são sintomas de nascimento dos dentes?
Não há comprovação científica de que o nascimento dos dentes cause febre, diarreia ou faça o bebê babar. Acontece, mas as razões são outras. Aos 6 meses e na fase oral, a criança leva tudo à boca. Enquanto isso, as glândulas salivares começam a maturar (provocando uma salivação maior) e a imunidade ainda é baixa. Resultado: o bebê se autocontamina e esses sintomas aparecem. Já a coceira na gengiva, causada pelo dente que se aproxima, pode ser amenizada com mordedores, especialmente os que vão na geladeira, porque a temperatura baixa diminui a circulação sanguínea na região. O especialista pode, ainda, prescrever medicações tópicas e fitoterápicas.
Quando iniciar a higiene bucal?
Assim que o primeiro dente apontar na boca, após cada alimentação (antes disso, não precisa LIMPAR a gengiva porque ela não serve de fixação para as bactérias). Enquanto o bebê tiver apenas os dentes incisivos (superiores e inferiores da frente), a mãe deve passar, no local, fralda de algodão ou gaze seca ou umedecida em água filtrada ou, ainda, uma dedeira. Quando nascerem os primeiros molares (os do “fundão”), por volta dos 14 meses, é obrigatória a introdução da escova de acordo com a indicação da idade na embalagem, pois esses dentes têm sulcos, que não são devidamente limpos de outra forma. O uso do creme dental também deve ter início nessa fase e o especialista deve orientar se o produto pode conter flúor ou não. Segundo a Sociedade Brasileira de Odontopediatria, não há controvérsias sobre o uso dessa substância antes dos 3 anos, já que ela é um fator fundamental para a prevenção da cárie. Mas deve-se conversar sobre a frequência e a quantidade adequadas. O indicado é o equivalente ao tamanho de um grão de arroz e, depois que seu filho tiver três anos, de uma ervilha. Não há comprovação científica que o fio dental evite cárie e os enxaguantes bucais (sem álcool) são indicados apenas para maiores de 6 anos e que já saibam cuspir sem engolir.
É fundamental escovar os dentes após mamar de madrugada?
Sim, para evitar a cárie de mamadeira ou de peito, que se forma, geralmente, entre os dentes da frente. Basta passar gaze ou fralda umedecida sobre os dentes e retirar o excesso de leite da boca.
A partir de quando a criança poderá fazer a limpeza sozinha?
Entre 5 e 7 anos, a escovação deve ocorrer em conjunto com os pais. Dos 7 aos 12, os pais fazem apenas a última limpeza, antes de dormir. Isso porque, durante o sono, a produção de saliva reduz e é justamente ela que promove a autolimpeza na boca.
E se ela morder a escova?
Pode deixar morder, de maneira comedida, explicando que não foi feito para brincar. Mas tenha duas: uma para o seu filho e outra para você fazer a escovação. Troque esta última uma vez por mês, ou quando as cerdas não estiverem mais paralelas.
Quais os problemas recorrentes na infância?
A cárie e a erosão. A primeira é causada por microrganismos que vivem na boca e agem pontualmente. Eles metabolizam o alimento, produzindo um ácido que causa lesões. A única maneira de evitá-los é escovando os dentes com o creme dental com flúor (ajuda, também, se o dentista aplicar o selante, uma espécie de capa protetora que cobre as fissuras que abrigam a cárie). A erosão, por sua vez, atinge toda a superfície dentária e é provocada pela ingestão excessiva de alimentos industrializados, como refrigerantes, sucos prontos e biscoitos. Por serem mais ácidos, “corroem” as camadas superficiais de esmalte, desgastando a estrutura e até reduzindo o tamanho do dente.
Mamadeira, chupeta ou chupar o dedo prejudica?
A pressão resultante dos hábitos de sucção pode modificar a posição dos dentes e gerar má-oclusão. As mais comuns são a mordida aberta, quando os dentes de cima não encostam nos de baixo, e a cruzada. Para evitar o problema, prefira mamadeiras e chupetas com bicos ortodônticos, e o ideal é que o hábito termine até 3 anos. No caso do dedo, é muito importante nem deixar começar. Uma vez interrompido o mau hábito, é comum a mordida aberta anterior se autocorrigir. No entanto, a cruzada precisa de intervenção ortodôntica, que deve ser realizada o mais cedo possível.
Pode colocar aparelhos ortodônticos em dentes de leite?
Sim. Alguns problemas podem ser reduzidos ou até definitivamente corrigidos se a intervenção for feita durante a fase da dentição de leite ou mista – quando a criança já conta com alguns permanentes, o que acontece por volta dos 6 anos. Esses tratamentos podem atenuar problemas no crescimento da face ou de espaço nos arcos dentários.
E se o dente quebrar?
Primeiro, é preciso identificar onde está o fragmento, pois a criança pode engasgar. Há casos em que é preciso fazer um tratamento de canal, para não comprometer a saúde e a aparência do dente que virá. Ou pode, ainda, ocorrer a perda total, quando torna-se fundamental manter o espaço aberto, com um aparelho específico ou implante. Caso contrário, ele pode fechar ou o permanente erupcionar antes da hora. Se a quebra acontecer com um permanente, será necessário implante imediato. Se achar o pedaço perdido, coloque-o em uma solução proteica (leite ou soro fisiológico), para que o especialista possa reimplantá-lo.
Fontes: Flavia Artese, presidente da Sociedade Brasileira de Ortodontia e professora adjunta de Ortodontia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj); Marcelo Bönecker, professor titular de Odontopediatria da Universidade de São Paulo (USP); Paulo Cesar Rédua, presidente da Sociedade Brasileira de Odontopediatria;