sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Como cuidar da alimentação e criar bons hábitos nos pequenos?


Horário das refeições e qualidade dos alimentos fazem 

diferença no futuro





A alimentação das crianças nunca é um tema fácil para os pais, seja por conta das dúvidas de quando dar determinado alimento ou mesmo pelo desafio de criar hábitos saudáveis desde cedo. Em um mundo onde os índices de obesidade só crescem, e as outras doenças que a acompanham, ficar atenta é indispensável. “Essa é uma questão de sobrevida, longevidade e, acima de tudo, qualidade de vida. O Brasil está em quinto no ranking de obesidade por conta de uma cultura alimentar errada, e estamos chegando à metade da população obesa”, diz o pediatra Sylvio Renan Monteiro de Barros, autor do livro “Seu bebê em perguntas e respostas – do nascimento aos 12 meses”. 
Um dos questionamentos mais frequentes, e que ainda gera polemicas entre as mães, é quando iniciar uma dieta com sólidos. “Atualmente, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), no sentido de conseguir maior tempo de aleitamento materno, se indica dar apenas o leite no primeiro semestre, e com um ano inicia-se uma alimentação quase que como a de um pequeno adulto, embora o leite ainda seja o principal alimento”, explica.
Como o primeiro ano é uma fase de transição entre o seu leite e outros tipos de comida, essa é a hora perfeita para criar uma cultura de se comer bem. “Ao introduzir outros alimentos são necessárias quatro regras: disciplina e hora certa de comer, dar apenas alimentos naturais (industrializados devem ser evitados até os cinco anos), não substituir refeições e nem a hora da refeição, se a criança não quiser comer àquela hora, você insiste e, se não der resultado, deve deixar claro que ela não comerá até a próxima”, conta o profissional. “Devem ser feitas entre cinco e seis refeições diárias, de três em três horas, essa é a melhor forma de não ter fome exagerada e para não ter picos de glicemia”, completa.
Apesar das papinhas prontas serem práticas, o pediatra fala que a melhor comida é sempre aquela feita em casa, onde se existe uma atenção maior à quantidade de sal e a questão da saúde: “além de ser mais saudável você também tem o amor. A mãe que prepara o alimento tem uma dose de amor, ela escolhe os melhores ingredientes e isso tem um sabor especial para a criança, que ela vai lembrar por toda a vida”.
Ensinando hábitos saudáveis
A melhor maneira de garantir que o seu filho se torne um adulto com saúde é fazer com que bons alimentos sejam apreciados desde cedo, já que a criança toma gosto pelo que conhece. “Se você só tiver alimentos saudáveis em casa, essa criança vai pegar uma fruta sozinha, tem que disciplinar para que coma esse tipo de alimentos por ela mesma, fazer com que ela queira consumir. Se ela participa da confecção da comida em casa, sai para fazer a feira junto com os pais, ela vai se habituando. Ela gosta sempre do que a mãe dá dentro de casa, nós somos os espelhos dos nossos filhos, eles nos imitam”, indica.
Apesar dos legumes, vegetais, grãos integrais e frutas serem as estrelas dos pratos infantis, isso não quer dizer que você deva radicalizar e impedir qualquer outro tipo de guloseima, o perigo está mais na frequência. “As coisas não saudáveis estão aí e você vai consumir, o problema é enraizar a cultura. Um chocolate como agrado, depois do jantar, não é um problema se não for um hábito. Precisa ser esporádico”, conta.
A fase do não
Entre um e dois anos, é comum que os pequenos tenham uma grande resistência à comida, mas não se preocupe, isso é superado com alguma dose de paciência. “Isso é a neofobia, quando a criança não gosta e não quer nada novo. Coloque cor e dê motivação para ela se interessar pelo prato, precisa de criatividade e paciência nessa fase, se estiver apresentado de maneira que estimule ela vai comer”, diz. Portanto, não desista de apresentar aquele legume ou fruta novos, o segredo estará em transformar a hora da comida em um momento lúdico e especial.
Fonte: http://daquidali.com.br/conversa-de-mae/como-cuidar-da-alimentacao-e-criar-bons-habitos-nos-pequenos-especialista-diz/

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