Sinais podem ser confundidos com sensações comuns e é
preciso estar atenta
Náuseas, desconforto e ganho de peso são algumas situações muito comuns na gestação. No entanto, esses e outros sintomas podem ser um sinal de alerta de que algo não vai bem e é preciso estar atenta. Para você diferenciar e saber o que fazer, especialistas contam em que ficar de olho para garantir a segurança do bebê.
Primeiro trimestre
Todos os trimestres possuem cuidados específicos, mas no primeiro os enjoos e vômitos são mais comuns por um aumento hormonal, que ocorre principalmente entre a oitava e décima semanas de gravidez. “É comum, mas casos em que a grávida vomita muitas vezes ao dia não são normais e isso pode levar à desidratação. Ela precisa avaliar com o médico essa situação”, explica o ginecologista e obstetra Domingos Mantelli. A partir do terceiro trimestre eles não devem acontecer, já que são sinais preocupantes de eclampsia (convulsões).
Os sangramentos também podem acontecer nessa fase, mas ligue o sinal amarelo: “no primeiro trimestre pode ser uma ameaça de aborto, aborto em curso ou até gravidez ectópica, que acontece fora do útero”.
Segundo e terceiro trimestres
Principalmente no segundo trimestre, os enjoos já diminuíram e o bebê já se mexe com frequência, e essa é uma fase mais fácil de lidar. “O mais tranquilo é o segundo trimestre. A mãe deve sentir o bebê a partir de 22 a 24 semanas, e pelo menos uma vez a cada seis horas. Se o intervalo for maior é preciso averiguar, mas não se desespere porque o bebê também pode estar dormindo. Se for frequente, vá ao médico”, alerta Mantelli.
Os sangramentos no terceiro semestre são ainda mais preocupantes e podem indicar problemas graves. “A gestante que apresentar sempre deverá procurar seu especialista, pois pode estar com lesões no colo uterino, trabalho de parto prematuro ou até deslocamento da placenta, que é de extrema gravidade tanto para o feto quanto para a mãe”, adverte a ginecologista e obstetra Mariana Halla.
Está com dores no abdômen? Apesar do crescimento do útero incomodar, você não deve confundir isso com dor, que pode ser indicativo de um trabalho de parto prematuro. “Quando a barriga endurece e permanece rígida por alguns segundos, mas logo cede, podem ser as contrações de Braxton Hicks, as quais não são ritmadas e não levam ao trabalho de parto. Porém, se estas contrações ocorrerem a cada três minutos, com duração entre 40-60 segundos, atenção! Seu bebê está chegando. Isso caracteriza o trabalho de parto verdadeiro”, conta Mariana.
Dores de cabeça isoladas são normais por conta do aumento hormonal, mas cuidado se forem muito fortes e constantes. “O caso mais preocupante é o aumento da pressão arterial, que pode ser uma pré-eclâmpsia”, fala Mantelli.
O inchaço perto das últimas semanas, principalmente nas pernas e pés, deve ser acompanhado com a medição da sua pressão arterial, que deve estar boa. “Se ele vier acompanhado de aumento da pressão arterial e o inchaço de outras partes do corpo podemos estar frente a um quadro grave de pré-eclâmpsia, o qual requer tratamento e acompanhamento estrito. Mantenha a perna elevada duas vezes ao dia, que pode ajudar a evitar o sintoma de inchaço, além de usar meias elásticas de média compressão”, indica Mariana.
Você passou a ter corrimentos? Preste atenção se ele é mucoso, parecido com uma gosma, ou se é parecido com os que ocorrem fora da gestação. “O colo uterino é protegido com uma espécie de muco, que evita a ascensão de bactérias e outros microrganismos até o feto. Quando começa a dilatação essa substância é eliminada pela vagina como uma gosma, o que pode caracterizar inicio de trabalho de parto, embora possa acontecer semanas antes”, revela a médica.
“Independente do sintoma, qualquer coisa que você tiver é melhor procurar o seu médico mesmo que pelo telefone, porque ele poderá dar orientações. Nunca tome nada como certo e não caia no erro de se automedicar, é sempre melhor pecar pelo excesso de precaução”, finaliza Mantelli.
Fonte: http://daquidali.com.br/conversa-de-mae/especialistas-contam-quais-sintomas-nao-devem-ser-ignorados-na-gestacao/
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